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O
Censo 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) constatou que o número de evangélicos indígenas
cresceu 42% nos últimos dez anos
Os índios evangélicos já somam 210 mil pessoas, ou 25% do total da população indígena.
Segundo
a Folha de S. Paulo, o crescimento entre essa população segue a
tendência geral dos brasileiros, que registrou 61% de aumento entre 2000
e 2010.
Missões
Um dos fatores que tem
aumentado o número de evangélicos entre a população indígena são as
missões de evangelização que atuam em áreas isoladas onde vivem os
índios.
Segundo Carlos Travassos, coordenador-geral do setor que
monitora tribos isoladas e de recente contato na Funai (Fundação
Nacional do Índio), a organização dessas missões têm aumentado. Os
grupos missionários contam com recursos como aviões.
Uma dessas
organizações é a Asas de Socorro, uma das 15 agências evangélicas
filiadas à Associação de Missões Transculturais Brasileiras.
A missão possui voluntários que fazem ações de ensino, assistência social e treinamento de lideres indígenas.
Segundo
os detalhes da pesquisa censitária, a maioria dos índios evangélicos é
ligada à igreja Assembleia de Deus, ou seja, 31% ou 64.620 pessoas. Em
segundo lugar vêm os batistas, com 17%, cerca de 35,5 mil pessoas.
Já o percentual de católicos indígenas caiu de 59% para 50,5% na última década.
Em
1991, a Funai expulsou as missões das aldeias mais incrustadas na
floresta, porque os índios estavam morrendo contaminados com as doenças
dos brancos. Mas a Funai permite que os índios convidem os
evangelizadores, se desejarem, o que tem sido um caminho de volta dos
pastores às aldeias.
Não há informações sobre o impacto dessa
volta dos evangelizadores na saúde dos índios. Os missionários afirmam
que têm dado assistência médica aos índios, além de levar a palavra de
Jesus. Eles contam com apoio logístico que inclui até aviões para
atingir as áreas mais distantes.
Também tem sido importante para
a “obtenção de almas” a consagração de índios em pastores, os quais são
mantidos sob a supervisão dos brancos.
Nas aldeias mais
distantes, o pajé está sendo substituído pelo pregador índio ou tendo a
concorrência dele na influência espiritual na tribo. Na Chapada dos
Guimarães, no Mato Grosso, funciona uma escola de formação de pregadores
índios para atuar nas aldeias.
A Assembleia de Deus é a
denominação mais forte entre os índios, com 31% do total dos
evangélicos. Em seguida vem a Igreja Batista (17%).
Em março de
1991 foi criado o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes
Evangélicos Indígenas). O pastor Henrique Terena, presidente do
conselho, disse que são muitos os benefícios das palavras de Jesus aos
índios, incluindo o combate ao alcoolismo.
A primeira reunião do
CONPLEI ocorreu em Brasília, na sede da Sociedade Bíblia. O seu mais
recente encontro se deu na semana passada, com a participação de 2.500
pessoas de 81 etnias do Brasil e de países vizinhos.
Tratou-se de
mais um oportunidade para "anunciar o Evangelho a todos os povos,
nações ou línguas", em atendimento ao "mandamento bíblico", conforme os
objetivos do conselho expressos em seu site.
Fonte: Gospel Prime e Paulopes