Israel retomou os bombardeios contra a
Faixa de Gaza nesta sexta-feira (8), em resposta ao lançamento de cerca
de vinte foguetes contra o seu território. Os disparos vindos de Gaza
aconteceram logo após o encerramento do cessar-fogo de três dias, que
expirou às 8h locais (2h de Brasília), depois que o Hamas rejeitou as
ofertas para um prolongamento da trégua. A Jihad Islâmica, uma das
milícias palestinas que atuam em Gaza, assumiu a autoria dos
lançamentos. “Esta manhã, depois do reatamento do lançamento de foguetes
contra Israel, as Forças de Defesa atacaram posições terroristas em
Gaza”, informou um boletim militar israelense.
O cessar-fogo de 72 horas entre Israel e
Hamas na Faixa de Gaza chegou ao fim na madrugada desta sexta-feira sem
um acordo de prolongamento. Menos de uma hora antes do encerramento, o
Hamas declarou que Israel não havia aceitado suas exigências nas
negociações e que, por isso, a trégua não seria mantida – o grupo deseja
o fim imediato do bloqueio marítimo a Gaza. Com Israel disposto a
estender o cessar-fogo por mais três dias, os mediadores egípcios
tentaram até o fim amenizar as exigências do Hamas para concretizar a
ampliação da trégua. O Egito argumentou que as demandas mais complexas
dos dois lados deveriam ser discutidas como parte de um acordo de longo
prazo, e não como condições para um cessar-fogo imediato. O Hamas, no
entanto, rejeitou a proposta.
Depois de quase um mês de confrontos na
Faixa de Gaza, o cessar-fogo de três dias interrompeu as hostilidades
entre os dois lados e permitiu a abertura de negociações mediadas pelo
Egito no Cairo. Apenas na madrugada desta sexta, cerca de três horas
antes do encerramento, dois foguetes vindos de Gaza violaram a trégua e
atingiram Israel sem deixar vítimas.
Números
A ofensiva israelense contra o Hamas
teve início no dia 8 de julho e deixou 1.888 mortos do lado palestino,
segundo números divulgados nesta quinta-feira (7) pelo Ministério da
Saúde de Gaza. Do total de mortos, 446 eram crianças e houve ainda quase
10.000 feridos. A ONU estima que ao menos 70% das vítimas eram civis e
que cerca de 65.000 moradores tiveram suas casas destruídas. As Forças
de Defesa de Israel afirmam ter matado cerca de 900 terroristas.
Sessenta e quatro soldados e três civis israelenses morreram durante a
operação.
Fonte: Veja
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