Fontes: CBN e Gospel Prime |
O surgimento do Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS) aumentou
ainda mais o perigo para os cristãos que vivem no Iraque, na Síria e
sudeste da Turquia, onde as milícias radicais muçulmanas estão impondo
suas regras com violência.
O ISIS opera de forma independente e
defende uma espécie de restauração do Antigo Império Otomano, o que
significaria a união de todos os países muçulmanos, além da guerra
contra os cristãos e a destruição de Israel.
Segundo os sites ‘Protestante Digital’ e
‘Mundo Cristiano’, na fronteira entre a Síria e a Turquia, o ISIS vem
matando cristãos, fechando igrejas e oferecendo recompensa a quem
entregar os pastores e missionários que trabalham na área.
Um líder evangélico que trabalha na
região enviou um pedido de socorro, contando que a maioria dos pastores
se viu forçado a fugir, além de pedir orações por proteção daqueles que
ficaram. O arcebispo Louis Raphael Sako acredita que é necessária uma
intervenção na região, pois padres, freiras e pastores têm sido
sequestrados ou mortos constantemente. Youssif Mirkis, outro arcebispo
do país, declarou que “poucos cristãos veem possibilidade de futuro se
continuarem no país”.
Em cidades onde moravam muitos cristãos,
como Mosul, as minorias cristãs estão abandonando suas casas e indo
para a casa de parentes em outras cidades ou tentando sair do país.
Vários cristãos foram crucificados nos últimos dias em cerimônias
públicas destinadas a perpetuar o terror nas comunidades que não se
alinham com o ISIS.
Existem relatos de que muitos cristãos
precisam pagar uma espécie de “taxa de proteção” para não serem mortos
pelos guerrilheiros muçulmanos. “Eles já não têm eletricidade e pouca
comida ou água”, relatam os líderes cristãos que permanecem.
Estima-se que os cristãos do Iraque eram
1.5 milhão em 2003 e restaram cerca de 400,000 hoje. Com a saída do
exército americano e a invasão das milícias, estima-se que em breve o
cristianismo será virtualmente eliminado do país se o êxodo continuar na
mesma proporção.