sábado, 3 de agosto de 2013

Portaria que beneficia transexuais é suspensa a pedido do Pastor Samuel Ferreira


samuel-ferreiraA portaria que estabeleceria como seriam as novas regras para a realização de cirurgias de mudança de sexo pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durou apenas algumas horas e já teve de ser suspensa. A ordem saiu do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, após ligação do presidente da Assembleia de Deus no Brás, pastor Samuel Ferreira.  
O líder entrou em contato com Padilha assim que soube das novas regras e exigiu a retirada imediata do projeto. Samuel Ferreira classificou a iniciativa do Ministério da Saúde como um “desrespeito à comunidade evangélica no Brasil” e ameaçou retirar o apoio da igreja ao governo caso a medida fosse levada adiante.

Samuel acredita que Dilma Rousseff iria descumprir mais um acordo feito com os evangélicos durante a campanha presidencial e sugeriu ao Planalto que não apoie este tipo de iniciativa para não desgastar a imagem da presidente junto aos cristãos.
“Esta portaria é absurda, um desrespeito a comunidade evangélica no Brasil. Além do uso de dinheiro público para privilegiar tratamentos duvidosos, o Palácio do Planalto criaria uma crise entre governo e evangélicos, pois não aceitaríamos mais este tipo de atitude do governo”, explicou o líder.
O pastor assembleiano, presidente de uma das maiores igreja evangélicas no país, disse também que o Ministro Alexandre Padilha não hesitou em atender a sugestão e que afirmou não estar inteirado do total conteúdo da portaria.
“Liguei para o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e sugeri que a portaria deveria ser extinta para não piorar a crise entre governo e evangélicos”, explicou Samuel.
As mudanças propostas pela portaria estabeleciam, por exemplo, redução da idade mínima para a realização da cirurgia de mudança de sexo, de 21 anos para 18, e autorização para que psicólogos e médicos pudessem acompanhar o paciente a partir dos 16 anos, caso tivesse interesse na cirurgia.
A portaria agora anulada previa também a mudança de sexo de mulher para homem, com a aplicação de hormônio, a mastectomia (retirada dos seios) e o tratamento psicológico, tudo isso com dinheiro destinado ao SUS. A mudança de sexo de um homem para uma mulher já ocorre desde 2008, à novidade seria a redução da idade mínima.
A portaria também previa as cirurgias para dar aspectos mais femininos ou femininos aos pacientes como a tireoplastia (redução do Pomo de Adão nos homens), a mastectomia simples bilateral (retirada dos seios) e histerectomia (retirada do útero e ovários).
Ontem, enquanto esperavam a coletiva que explicaria as mudanças propostas, que seriam dadas pelo secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda Magalhães, que assinou a portaria, os jornalistas foram informados que a portaria estava sendo suspensa.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que convidará representantes dos serviços de saúde que já realizam cirurgias de mudança de sexo e especialistas “para definir os critérios de avaliação do indivíduo, de obtenção da autorização dos pais e responsáveis, no caso de faixa etária específica, e de acompanhamento multidisciplinar ao paciente e aos seus familiares”.
Fonte/GPS Gospel

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