O local escolhido para o encerramento da Jornada Mundial da Juventude
(JMJ) foi castigado pelas chuvas e a realização do evento no espaço foi
suspenso. Agora, o papa Francisco encerrará sua visita ao Rio de
Janeiro na praia de Copacabana, mesmo local onde discursou ontem, 25 de
julho.
O Campus Fidei, área com o dobro do tamanho do Vaticano, localizada
em Guaratiba, na zona oeste do Rio, se transformou num lamaçal devido às
insistentes chuvas que caíram sobre a cidade. Antes da decisão pela
troca do lugar, os organizadores teriam recorrido a uma médium espírita
para suspender as chuvas.
Segundo informações do Jornal do Commercio, Adelaide Scritori foi
convocada para invocar o espírito do Cacique Cobra Coral e tentar enviar
uma massa de ar frio ao Rio de Janeiro, e assim, evitar a chuva.
A médium foi ao encontro do espírito na sexta-feira passada, 19 de
julho, e pegou um voo em direção à Argentina para incorporar o espírito e
afastar as chuvas. Entretanto, a medida preventiva dos organizadores da
JMJ não surtiu efeitos.
Adelaide já havia sido convocada em 2007, quando o papa Bento XVI
esteve na cidade de São Paulo, em eventos que atraíram milhares de
católicos.
O colunista do Gospel+
e editor do site Holofote, Paulo Teixeira, comentou a informação
veiculada pelo Jornal do Commercio, e ressaltou que, embora não seja
“possível saber quem solicitou os trabalhos espirituais da Fundação
Cacique Cobra Coral, por intermédio da médium Adelaide”, é importante
que a questão seja vista com seriedade.
“Não é a primeira vez que autoridades do Rio de Janeiro e de outros
estados demonstram certa proximidade ao ‘espírito’ do Cacique e, em
busca de socorro esporádico, recorrem ao apoio dessa senhora que diz
incorporá-lo. Segundo consta no site da Fundação, esta é orientada pelo
Cacique Cobra Coral, entidade espiritual que teria sido de Galileu
Galilei e Abraham Lincoln. O que as autoridades precisam esclarecer é se
os serviços prestados por essa Fundação são gratuitos, ou se saem
dinheiro dos cofres públicos para tal contratação. Está na hora do
Ministério Público entrar no caso”, observou.
FONTE/ Gospel+