O pastor Marcos Pereira, líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias
(ADUD) foi acusado de orquestrar o incêndio que atingiu um prédio do
AfroReggae no Complexo do Alemão.
José Junior, coordenador da ONG, afirmou durante uma entrevista
coletiva que acredita que Pereira possa estar por trás do incêndio,
considerado criminoso.
Segundo Junior, vizinhos ao prédio do AfroReggae disseram ter visto
um grupo de duas a quatro pessoas desconhecidas entrando no local na
madrugada, antes das chamas consumirem os móveis. “Tudo de mobiliário
que estava no prédio foi destruído. Já estava tudo pronto. Poderíamos
inaugurar hoje ou amanhã, mas estávamos esperando o fim das férias”,
afirmou o coordenador.
Um rapaz de 20 anos que teve 30% do corpo queimado no incêndio é o
principal suspeito. Identificado como Wagner Moraes da Silva, o jovem
foi socorrido e levado ao Hospital Getúlio Vargas, segundo informações
do portal Terra.
Os investigadores da 22ª Delegacia de Polícia estão analisando o caso
a partir de evidências colhidas no local. O delegado Reginaldo
Guilherme disse que Wagner teve a prisão preventiva decretada pela
Justiça por causa da suspeita de que ele seria o autor do incêndio.
No local, além das instalações do AfroReggae, já funcionava em duas
salas a redação e o estúdio do jornal comunitário Voz das Comunidades.
Materiais de filmagem e móveis que compunham o cenário do estúdio foram
destruídos, mas os computadores e câmeras não foram atingidos, pois não
estavam no local.
Acusação contra Marcos Pereira é anulada
O processo movido pelo Ministério Público (MP) contra o pastor Marcos
Pereira por coação de uma testemunha do caso em que é acusado de
estupro foi anulado pela Justiça, de acordo com informações do R7.
Como o processo corre em sigilo, o motivo da anulação não foi
divulgado à imprensa. O MP terá que refazer a denúncia contra o pastor,
que teria ordenado que pessoas ligadas à ADUD ameaçassem a testemunha.
Como o processo foi anulado, a 7ª Vara Criminal concedeu habeas
corpus ao pastor nesta terça-feira , 16 de julho. No entanto Pereira
continuará preso, pois a Justiça negou a liberdade temporária no
processo em que é acusado de estuprar duas fiéis da denominação.