Sacerdotes da Baixada Cuiabana foram recentemente afastados das atividades religiosas por manter ‘casos’.
Na
Baixada Cuiabana há pelo menos seis casos recentes, incluindo o do frei
Erivan Messias da Silva, preso na saída de um motel com uma adolescente
de 16 anos, de padres que foram afastados pela Igreja ou tiveram de
pedir afastamento por causa de envolvimento amoroso com fieis. A
reportagem vai omitir os outros nomes porque, ao contrário do frei
Erivan, a nenhum deles foi atribuído qualquer crime. Esse é um
levantamento extra-oficial, feito pela reportagem do Diário. Há três
meses, o pároco de uma igreja de Cuiabá, homem de 35 anos, foi afastado
do exercício do sacerdócio depois de ser flagrado na companhia de um
rapaz de pouco mais de 20 anos, com o qual se relacionava há algum
tempo.
A descoberta somente aconteceu porque o padre estava
sendo chantageado por uma funcionária responsável pela limpeza da casa
paroquial.
A mulher, além de vê-lo com o rapaz, descobriu uma
câmera fotográfica em que havia cenas amorosas entre o religioso e seu
amante. Ela teria mostrado as imagens para pessoas da comunidade e
exigia dinheiro do pároco para não levá-las à mídia.
A
reportagem apurou que o padre precisou denunciá-la à Polícia Civil
porque sentia sua vida ameaçada. Agindo assim, não teve como continuar
ocultando a vida paralela que mantinha.
Há pouco mais de dois
anos, a situação de quebra do juramento do celibato envolveu um padre e
uma professora. Os dois trabalhavam na mesma escola católica e mantinham
um relacionamento sigiloso, até a professora engravidar. Descobertos, o
religioso acabou abandonando a batina.
Há cerca de quatro anos,
um outro padre - que também atuava em uma comunidade católica da
periferia de Cuiabá e que tinha até filho com uma fiel - se viu obrigado
a deixar a Igreja.
Esse religioso chegou a viajar para Roma,
onde fez curso de extensão do ministério religioso, por conta da Igreja
Católica, deixando aqui a mulher grávida. Ao retornar, continuou se
relacionando com a mesma pessoa.
Como a história amorosa se
tornava cada dia mais evidente, acabou sendo chamado por seus
superiores, momento que decidiu abandonar a batina. Informações dão
conta de que hoje ele constituiu família com a então amante, com quem já
tem outros filhos.
Os outros dois casos ocorrem em duas cidades vizinhas à Capital. Em ambos os religiosos também se envolveram com mulheres.
Um
deles decidiu abandonar a igreja de imediato. Já o outro permaneceu por
um longo período no ministério religioso, apesar dos comentários que
corriam na pequena cidade de pouco mais de 18 mil habitantes. Sua saída
somente aconteceu após a gravidez e o nascimento do filho.
O
caso do frei Erivan Messias da Silva, de 50 anos, foi o único que se
tornou um escândalo policial e ocupou espaço na mídia. Os outros cinco
casos, como não caracterizaram crime, tiveram repercussão nas
comunidades e foram tratados internamente pela Igreja.
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