Foi dada a largada! Desde o último dia 11 de
fevereiro, milhões de brasileiros estão na frente das telinhas para ver o
reality show mais esperado do ano. Isso mesmo! Refiro-me ao Big Brother
Brasil 11, o BBB, programa que chega a sua 11ª edição exibido na Rede
Globo de Televisão todos os dias durante três meses ao ano. Você pode
até achar estranho o porquê está saindo uma matéria na página de Cultura
do Expositor sobre o BBB. A intenção é trazer a você, caro leitor(a),
esclarecimentos sobre o reality show que tem influenciado milhares de
pessoas, inclusive os cristãos.
A atmosfera de Sodoma e
Gomorra, conforme descrita na Bíblia tem invadido os lares brasileiros
sem pedir licença, com cenas imorais, atos sexuais, palavras chulas,
gestos obscenos e comportamentos condenáveis há cerca de dez anos. Mas
nesta edição, a coisa parece ter ficado um pouco pior. Com medo de
perder a audiência para outras emissoras, a Globo logo no primeiro dia
do programa deixou claro que o BBB não terá limites.
Basta
ver a declaração do diretor do “Grande Irmão”, J. B. Oliveira, o
Boninho, "hora de ir para o hotel passar as regras com os brothers e
avisar que vale pancadaria (a frase não foi colocada na íntegra aqui)
para ganhar o prêmio”. Em outras palavras, para faturar o prêmio de R$
1,5 milhão, vale mesmo tudo, inclusive agressões físicas.
Como
se não bastasse a orientação absurda de Boninho aos participantes, o
diretor do programa ainda incluiu neste ano o “sabotador” na casa. Esse
(a) personagem ou pessoa será o/a responsável por atrapalhar o grupo de
ganhar dez mil reais. Mais um motivo de divisão entre eles/elas.
E
tem mais, que tipo de emoções e desejos um capítulo de BBB produz
num/numa adolescente ou jovem solteiro(a)? Que tipo de estímulos e
valores um programa desses produz num/numa jovem cristão que procurará
se manter virgem até o seu casamento? O que eles/elas têm vontade de
fazer após assistir BBB? Orar? Acho que não.
Não é de
se estranhar que em nossas igrejas tenhamos tantas pessoas "ficando",
viciadas em masturbação e inclusive solteiros com vida sexual ativa
(como mostrou uma pesquisa da Revista Eclesia, 52% dos jovens
evangélicos brasileiros confessam haver tido relação sexual antes do seu
casamento).
O Inspirador do Big Brother Brasil
O
mais famoso romance George Orwell, “1984”, trás no rodapé da capa do
livro os seguintes dizeres: Big Brother is watching (Grande Irmão está
vigiando você). O livro foi escrito no ano de 1948, mas por força dos
editores, o título foi invertido para 1984.
O livro narra o
"futuro" na Pista de Pouso Número ou Inglaterra, parte integrante do
megabloco da Oceania. É comum o conflito dos leitores com o continente
homônimo rea
O megabloco superficial de Orwell tem
este nome por ser uma adesão de países de todos os oceanos. O tema
principal de 1984 é a transformação da realidade. Não seria esse também o
propósito das onze edições do Big Brother Brasil exibidos pela Rede
Globo?
Voltando ao livro, fingida de
democracia, a Oceania existe em um totalitarismo desde que o IngSoc (o
Partido) chegou ao poder sob a liderança do onipresente Grande Irmão
(Big Brother). Contado em terceira pessoa, o livro narra à história de
Winston Smith, membro do partido externo, empregado do Ministério da
Verdade. O cargo de Winston é reescrever e distorcer informações de
acordo com a importância do Partido. Nada muito distinto de um
historiador ou jornalista. Winston interroga a opressão que o Partido
desempenhava nos cidadãos. Se alguém refletisse diferente, cometia
crimidéia (crime de ideia em novilíngua) e fatalmente ele desaparecia,
ou seja, a pessoa era capturada pela Polícia do Pensamento e extinta.
Paredão nele!
A intenção de Orwell era apresentar um
futuro fundamentado nas aberrações do presente. Winston Smith e todos os
cidadãos tinham ciência que qualquer atitude suspeita poderia expressar
seu fim, e não apenas sair de um programa de tv com o bolso cheio de
dinheiro, mas desaparecer de fato. Não é o que acontece no BBB? Os
participantes ficam se policiando nas palavras porque qualquer atitude
por gestos ou palavras, pode servir contra eles mesmos. No livro, os
vizinhos e os próprios filhos eram incentivados a denunciar às
autoridades quem cometesse crimideia.
Para expressar
suas emoções, Winston escreve todos os dias em seu diário usando o canto
"cego" do apartamento. Somente assim, ele não era flagrado pela
teletela.A primeira frase que Winston escreve em seu diário é atual e
justificável: abaixo o Big Brother!
Há uma intenção
por trás do BBB que é nivelar toda a sociedade de tal forma que as
pessoas achem que “tudo é normal”. Sinceramente, está na hora de colocar
o BBB no paredão. Reflita: vale a pena assistir o BBB 11? Não deixe que
a mídia influencie seus pensamentos.
Por Pr. José Geraldo Magalhães Jr.
Fonte: Expositor Cristão
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