A
instabilidade política no Egito tem deixado os cristãos em situação
difícil no país. Desde a queda do presidente Mohammed Morsi os cristãos
tem sido alvo de ataques de grupos do Islã, principalmente meninas
cristãs que tem sido raptadas e forçadas a seguir a religião.
Morsi
foi deposto após manifestações populares que exigiam a sua renúncia.
Desde então, partidários do presidente deposto, ligado à Irmandade
Muçulmana, realizam protestos e acampamentos pedindo a restauração do
mandato de Morsi, primeiro presidente eleito democraticamente na
história egípcia. As autoridades egípcias pediram várias vezes o fim dos
acampamentos, pedido que não foi atendido.
Os cristãos têm lutado
contra os ataques a igrejas e casas e principalmente para tentar manter
suas filhas seguras. Os constantes sequestros de jovens é a principal
preocupação dos religiosos. Os sequestros acontecem geralmente quando
elas atingem à adolescência e a estratégia dos pais é tentar mandar as
meninas para locais de maioria cristã.
No ano passado o governo
avaliou que houve um aumento significativo no número de desaparecidos,
principalmente meninas adolescentes cristãs. Michele Clark, especialista
em tráfico de seres humanos, diz que há mais de 800 casos.
No
entanto, muitos líderes islâmicos e funcionários do governo condenam a
questão do tráfico de mulheres cristãs. Eles insistem que as conversões e
casamentos não são por obrigação, mas ocorre quando jovens de
diferentes religiões se apaixonam.
Mediação da crise
A
Presidência do Egito anunciou nesta quarta-feira (7) que os esforços
internacionais de mediação para encerrar a crise política do país
fracassaram e advertiu que a Irmandade Muçulmana é a responsável pelas
“possíveis consequências”.
Com informações CBN.