O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) publicou um relato em seu Twitter
de um assédio sofrido por ele durante um voo entre Brasília e São Paulo,
na manhã desta sexta-feira, 09 de agosto.
Segundo o deputado federal, ao identificarem sua presença na
aeronave, alguns ativistas gays passaram a hostilizá-lo com xingamentos e
com a música “Robocop Gay”, dos Mamonas Assassinas. Feliciano afirmou
ainda que os passageiros interviram na situação e o defenderam, mas com o
tamanho do tumulto, o comandante da aeronave ameaçou retornar à capital
federal.
“Agradeço aos passageiros do voo AD5019 BSB x GRU bem como a equipe
da Azul Linhas Aéreas e o apoio da Polícia Federal do aeroporto de
Guarulhos. Ao decolarmos em Brasília cerca de 10 gays me constrangeram,
dois vieram à minha poltrona gritando, cantando musica bizarra. Os
passageiros me defenderam, o piloto ameaçou retornar pra Brasília. Sofri
xingamentos o voo todo. Haviam crianças no voo, famílias. Como não
reagi tocaram no meu rosto. Estes cidadãos colocaram em risco a
segurança dos passageiros. Querem respeito, mas não respeitam. E assim
fazem com qualquer pessoa que discorde de suas práticas. Que Deus nos
guarde. Não sou contra gays, sou defensor da família natural!”, escreveu
o pastor.
Uma internauta que afirmou estar no mesmo voo que o pastor, disse que
a maioria dos passageiros era homossexual: “Praticamente 70% dos
passageiros do arco-íris… Não foi dessa vez, Feliciano kkkk”, escreveu a
usuária Danyzinhaa_25. Um assessor de Feliciano identificado como Bauer
confirmou que o piloto considerou retornar a Brasília: “Pastor Marco
Feliciano foi hostilizado por gays dentro do avião. Comandante ameaçou
retornar. Como cristão, perdoou os anormais”, escreveu.
Outro assessor do deputado, o cantor Roberto Marinho, relatou o
episódio de forma mais detalhada em seu Twitter. Segundo Marinho, a
Polícia Federal iria deter os ativistas gays, porém Marco Feliciano
resolveu não dar queixa.
“Impressionante a falta de vergonha de alguns gays hoje no voo 5019
da Azul. Hostilizaram a Marco Feliciano e a mim com palavrões. Sentamos e
ficamos quietos, aí depois da decolagem, 2 deles vieram a nossa
poltrona e cantaram a música Robocop Gay dançando, rebolando. Um deles
com a câmera na mão filmava, enquanto o outro esfregava o bumbum no meu
braço, e também o órgão genital, rebolando e cantando. Tentaram várias
vezes tocar no rosto, nos cabelos e no queixo de Marco Feliciano, eu
tentei impedir, mas foi em vão. Ouve tumulto. Até que alguns passageiros
pediram a retirada deles e que voltassem pros seus lugares. O
comandante ameaçou voltar à Brasília se repetisse. Durante todo tempo eu
e Marco Feliciano ficamos parados sem reagir a nada. Eu tremia, suava,
fiquei indignado com tamanha barbaridade. Chegando em Guarulhos, eles
tornaram a desrespeitar e se preparavam para de novo nos afrontar, mas a
Policia Federal estava aguardando. O agente federal nos pediu para
identificar os arruaceiros e os levar detido, mas Marco Feliciano não
quis prestar queixa e liberou eles. Entramos numa van separada pela
Azul, viemos para uma sala reservada aqui no aeroporto de Guarulhos.
Detalhe: isso não foi a primeira vez. Muitos questionam nossa atitude de
não reagir, mas bem sabemos que nossa luta não é contra carne ou
sangue… Em 2014 vamos vencer nas urnas”, escreveu Marinho.
Feliciano X Ativistas Gays
O pastor Marco Feliciano tornou-se alvo dos ativistas gays ao ter
suas declarações a respeito da homossexualidade repercutidas. A
exposição do deputado se tornou maior depois que ele foi eleito para a
presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM).
Como presidente da CDHM, Feliciano levou à votação o projeto
conhecido como “cura gay”, de autoria do deputado federal João Campos
(PSDB-GO), que visava a derrubada da proibição do Conselho Federal de
Psicologia aos profissionais da área de atenderem homossexuais que
buscassem ajuda para reorientação sexual.