Muitos adeptos benfiquistas
nem devem lembrar do avançado brasileiro André Neles, que chegou ao
Estádio da Luz no final de 2000 juntamente com o compatriota Roger. Se o
médio ainda brilhou esporadicamente antes de regressar ao Brasil, o
atacante foi uma contratação fracassada em quase todos os sentidos. Por
duas vezes foi emprestado ao Marítimo, a última delas em 2004. Numa
entrevista a "Record", anos mais tarde, o presidente do clube
madeirense, Carlos Pereira, chegou a rotulá-lo de "maçã podre" no
balneário.
Sem surpresas, o regresso
ao futebol brasileiro também foi inevitável, mas com os clubes a
sucederem-se uns atrás dos outros. De forma inusitada, naturalizou-se
cidadão da Guiné-Equatorial e, em 2007, chegou a vestir a camisola da
seleção do país africano em alguns jogos.
O
comportamento errático fora dos gramados agudizou-se e rendeu-lhe outra
alcunha pouco abonatória: André "Balada" [notívago]. Mas o pior estava
para vir, com a confirmação de que era dependente de álcool e drogas
pesadas. A salvação chegou quando começou a frequentar cultos
evangélicos. Descobriu o gosto pela música e alterou por completo o seu
estilo de vida. No final do ano passado, numa reportagem publicada pela
revista brasileira "Placar", afirmou já ter escrito cerca de 100 músicas
e lançado três CDs.
Hoje com 33
anos, André ainda não abandonou o futebol. Atualmente representa o
América de Natal (Série B brasileira), o 17.º clube de uma carreira que
teve muitos baixos e poucos altos, mas que, definitivamente, não foi
nada monótona.
Fonte: Guiame
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