E.S.G tem apenas 10 anos. Apesar da pouca
idade, a ficha policial apresenta um vasto histórico de fugas e pequenos
furtos. “O mais recente foi praticado no comércio da cidade de Penedo,
onde ele furtou uma bicicleta”, explica a Conselheira Tutelar Dulce
Lisboa.
Acionada,
a polícia o recolheu e encaminhou os pais do garoto ao Conselho Tutelar
dos Direitos da Criança e do Adolescente, onde foram ouvidos pela
Conselheira Tutelar. “Ele parece fugir de casa por prazer, pois mesmo
tendo onde passar a noite com segurança, já foi encontrado dormindo na
calçada de um supermercado localizado no centro histórico de Penedo, e
outras três vezes sobre papelões no estacionamento de outro
estabelecimento comercial da parte alta da cidade”, ressaltou Dulce.
O
pai do menino, José Nivaldo Santos Guedes, 42 anos, explicou que
acorrentou o filho como uma tentativa de mantê-lo em casa. “Nós
conversamos ontem com o promotor José Alves de Sá e informamos que
adotamos isso como última medida, visando garantir a vida dele. O
promotor expediu uma Medida Específica de Proteção e pediu que fossem
tomadas imediatas providências com vistas a preservar a integridade
física de meu filho que será acompanhado por uma equipe interdisciplinar
do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)”, declarou o pai
da criança.
Uma nova história
Assim como o
pequeno E.S.G, Fernando Henrique Ferreira dos Santos, de 23 anos, também
enveredava para o caminho do crime. Aos 21 anos, ele já era casado, pai
de 3 filhos e tinha como prática o tráfico do de drogas. “Comecei a
beber muito cedo e logo veio o crack. Ouvia vozes que me incentivavam a
consumir drogas”, conta ele, ao lembrar os crimes praticados para
alimentar o vício. “Quando não tinha como comprar a droga, o jeito era
roubar, sequestrar, entre outras coisas. Eu passava dias na rua”,
lembra.
Segundo Fernando, os pais chegaram a gastar
mais de 8 mil reais em medicamentos e internações para livrá-lo do
vício, um esforço em vão. “Eles já não tinham forças para lutar por mim.
Mas minha esposa, que sempre foi uma mulher de oração, não desistiu.
Foi por causa dela que cheguei à Igreja Universal”, conta ele.
Para
Fernando, as reuniões da IURD de nada serviam. “Eu levava tudo aquilo
na brincadeira. Ia somente para acompanhar a minha esposa. Até que um
dia senti algo diferente e tomei nojo das drogas. Estava liberto. Deus
me salvou através da Igreja Universal”, conta ele, com um largo sorriso
no rosto.
Hoje, Fernando tem dois empregos - trabalha
como porteiro e como recepcionista em meios de hospedagem. Vive bem com a
esposa, e a única preocupação é com a educação dos filhos. “Hoje é de
casa para o trabalho, igreja e casa de novo. Isso, sim , é felicidade”,
finaliza.
Fonte: Arca Universal
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